Tikun Olam – A Mitsvá de Tornar o Mundo Melhor

Resumo:

Todas as correntes de fé e pensamento carregam seu ideal de ser humano e sociedade, cujos filiados ou simpatizantes as propõem, ou impõem, à sociedade da qual fazem parte.

O conceito de Tikun Olam, caro às correntes progressistas e tradicionalistas do judaísmo, tem sua origem na Cabala, cujos herméticos estudos e conceitos são particularmente valorizados, o mais das vezes, por grupos judaicos extremamente religiosos, de perfil comumente designado por ultraortodoxo, haredim ou “shchorim” (pretos, em referência às vestimentas comuns dos homens do grupo), cuja fé se caracterizada pela ortodoxia tradicional associado a uma grande relevânia dada ao misticismo, que, no judaismo, é fortemente vinculado, não só às palavras da lei, como também as leis das palavras, num nível de valorização das tradições e milenares que não encontrado entre as correntes para as quais parecem ser politicamente mais relevantes.

Como conciliar a origem ultra-ortodoxa, mística, do conceito de Tikun Olam, com sua expressão cotidiana entre suas correntes mais progressivas? Quais seus riscos?