Nilton Wainer
Instituto Cultural Judaico Marc Chagall
Vivemos um tempo no qual recebemos uma grande quantidade de informações, de modo instantâneo, durante todo o dia e também quando estamos dormindo, pois nossos smartphones as captam e guardam, para que tenhamos acesso a elas ao acordar.
Nosso cérebro tem dificuldade de acompanhar tantos impulsos, de se adaptar a tantas novidades e mudanças.
Por outro lado, temos uma tendência a nos viciarmos em receber informações recentes, praticamente descartando as informações anteriores. Somos “novidadeiros” por natureza.
No meio deste turbilhão, surge a dúvida inevitável: o que fica? O que permanece na memória e como devemos tratá-la, seja no âmbito pessoal, de grupo e comunitário.
Embora eu seja um simples curioso nas áreas da neurociência e psicanálise, venho lidando profissionalmente há muitos anos com o tratamento e armazenamento de informações e com a comunicação, nesta era digital.
Minha atuação sempre me colocou frente a desafios criativos, mirando o futuro.Há poucos anos, a partir do momento em que passei a fazer parte do Instituto Cultural Judaico Marc Chagall – que preserva e divulga a memória da comunidadejudaica do Rio Grande do Sul – comecei a me interessar pelo passado, especificamente sobre o passado do judaísmo, na ótica da preservação e divulgação da memória e da transmissão entre gerações.
A palestra é uma coletânea de reflexões sobre estes assuntos, uma apresentação do acervo e da atuação do Instituto Marc Chagall na área da memória e dos projetos que vêm sendo desenvolvidos.
Nilton Wainer