Onde-esta-Deus

INTRODUÇÃO

O que eu escrevo a seguir é original. São reflexões, são divagações próprias.

Estou com isso na cabeça desde 1978. Desde 2013 venho me aprofundando no estudo da mística judaica e, nos últimos anos, reviso os fundamentos da física moderna, para relacionar os dois. Desejo continuar pesquisando.

Entretanto, o motivador e, grande inspirador, para eu escrever este trabalho, foi a minha forte vontade de contribuir para alargar as fronteiras da cultura judaica, mesmo em águas de navegação difíceis, mas de grande valia para entendermos melhor o mundo em que vivemos. 

Aqui junto o que chamam de material com o que chamam de espiritual, em algo consistente, capaz de nos dar as respostas ou pelo menos pistas da unicidade das duas.

Classifico apenas em temporal e atemporal e, o mais importante, a ligação entre ambos.

Neste trabalho, comparei evidências das teorias científicas modernas consagradas com os conhecimentos da mística judaica.

Não tenho como comprovar cientificamente. Apenas observando os resultados, que a vida me proporciona.

Assim, este trabalho enquadra-se na categoria “Midrash”.

Eu não quero convencer ninguém a pensar como eu.

Escrevo para ajudar as pessoas a refletirem sobre o judaísmo místico a partir de um ponto de vista próprio. 

Desejo que a nossa sagrada Torá seja mais uma vez uma fonte de inspiração.

As ciências fazem parte do judaísmo. A filosofia e a história são dois exemplos comuns. 

A física é incomum, por isso escrevo sobre a física e o judaísmo. São dois dos meus assuntos preferidos.

Albert Einstein relaciona a ciência e o judaísmo. Ele disse: “Ciência sem religião é manca, religião sem ciência é cega”.

“Um conhecimento da existência de algo que não podemos penetrar… que só são acessíveis à nossa razão nas suas formas mais elementares – é este conhecimento e esta emoção que constituem a atitude religiosa; neste sentido, e somente nisso, sou um homem profundamente religioso” (Marcelo Gleiser, 2014). 

Ele escreveu um livro inteiro sobre isso.

Eu sou um judeu moderno, que valoriza tanto as ciências como a nossa tradição.

Valorize a física de Albert Einstein, Isaac Newton, Stephen Hawking, Marcelo Gleiser e Nihad Bassis.

Este último fez uma revisão da parte física deste trabalho. É cientista brasileiro radicado no Canadá e participa do Grupo de Estudos Judaicos “Judaísmo para Todos” da SIBRA. 

Valorize a profundidade da percepção do Universo do Lama Padma Santem. 

Valorizo ​​historiadores como Richard Elliott Friedman.

Admiro a sua coragem de colocar a história como ela é ou, pelo menos, com plausibilidades comprovadas, enfrentando todos os tipos de obscuridade religiosas.

Valorize a psicologia de Viktor Frankl do sentido da vida e Débora Gleiser sua seguidora brasileira.

Valorizo ​​os antigos místicos judeus, desde os primeiros místicos hebreus até os cabalistas. 

Nós todos buscamos nos relacionar com Deus.

Eu sou engenheiro, por isso, tenho algumas noções de física. Cursei na faculdade de engenharia da UFRGS, a disciplina de Física IV com o Prof. Alfredo Aveline em 1978. 

Ele é hoje o Lama Padma Santem, líder do budismo brasileiro.

Devido a ele, eu tenho boas noções de física moderna e, principalmente, da interconexão entre a física e a espiritualidade. 

Alfredo Aveline influenciou uma geração de engenheiros e físicos, que estudaram na UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul na segunda metade da década de 70 e na década de 80. Ele nos deu o exemplo vivido, de que o próximo

degrau , além da física, é a espiritualidade. 

Para ele, foi natural evoluir de doutor em física para Lama no budismo. Se eu estou aqui estudando o judaísmo, reconheço que muito do meu interesse pelo espiritual foi despertado pelo Lama.

Todos os citados conectem-se ao mundo adimensional de Atzilut, para receberem sabedoria de Chochmá e, compreensão de Biná, para os seus trabalhos. 

Adimensional quer dizer que não pertence às quatro dimensões do espaço-tempo. Portanto, atemporal, eterno.

Assista à palestra e descubra os segredos do judaísmo!

Lehitraot!

Carlos Wengrover