Por Marcos L Susskind

Entenda muito do que acontece hoje em Israel e nos arredores.

Importante: Enviado ao Senado Brasileiro e a 22 Senadores

Agradeço ao amigo Rubens Bisker por ter trazido o assunto à baila. Eis a carta:

Sras. e Srs. Senadores:

Recebi e agradeço o convite para a comemoração dos 75 anos da Nakba Palestina, proposta pelo nobre Senador Omar Aziz. Peço com ênfase que leia este e-mail até o fim.

Creio haver um erro neste convite, erro este que precisa ser corrigido.

A Nakba Árabe comemora 94 anos e não 75, pois se inicia em Agosto de 1929. Intencionalmente escrevo Nakba Árabe e não Palestina, uma vez que em 1929 o termo Palestinos se aplica exclusivamente aos Judeus. O principal jornal judaico da época era o Palestine Post (atual Jerusalem Post). O banco judaico era o Anglo Palestine Bank, atual Bank Leumi LeIsrael. Os Árabes locais rejeitavam o termo Palestinos, optando por autodenominarem-se Sirios do Sul.

Foi em Agosto de 1929 que os Árabes locais iniciaram o uso de violência contra os Judeus ao matarem 133 e ferirem gravemente 339 outros Judeus. Os ataques levaram à destruição de diversas aldeias Judaicas e à expulsão de todos os Judeus de Hebron, onde viviam desde 1250 AEC – declarando o fim de 3179 de vida Judaica na cidade que foi a primeira capital Judaica sob o Rei David que lá reinou por sete anos antes de mudar sua capital para Jerusalém.

A Nakba vem mostrando a ineficiência dos métodos violentos há 94 anos. O termo “Palestinos” associados aos Árabes originários da antiga Palestina só foi adotado em 1964 por parte deles e ampliado para todos a partir de 1967.

Esta Nakba é fruto da verdadeira imbecilidade de Amin Al Husseini. Em 1918 este personagem tentou criar o Reino Árabe da Síria a partir de Damasco, sendo derrotado pelos Franceses em Abril de 1920 quando fugiu para Jerusalém. E em Jerusalém ele inicia violenta luta contra os Judeus, esperando “jogá-los no mar”. Isto não funcionou em 1929, não funcionou na Grande Revolta que ele incentivou entre 1936/39 e tampouco funcionou em 1948. Seguiu não funcionando com a existência dos terroristas Fedayen dos anos 1950/60, nem com os inúmeros grupos terroristas como Fatah, Hamas, FPLP, Jihad Islâmica, Irmandade Muçulmana, Cova dos Leões e outros menores.

Nakba significa desgraça. E a opção pela guerra é realmente uma desgraça para o chamado Povo Palestino. Vejamos: entre 1871 e 1929, antes do início da violência, os Árabes tinham uma situação sócio econômica muito superior aos Judeus – na sua maioria despojados de tudo, refugiados de Pogroms da Europa, sem educação e sem bens. Isto se agrava ao fim da Segunda Guerra quando chegam sobreviventes dos campos de concentração e extermínio, sem família, sem bens, sem sequer documentos.

Mas os Judeus passam a investir em educação e progresso. Os Árabes locais investem em armas. O resultado pode ser visto hoje. Israel possui Universidades entre as melhores do mundo, hospitais de ponta, centros de pesquisa universalmente reconhecidos e sua população é considerada uma das cinco mais felizes do mundo.

Os Palestinos optaram por outro tipo de investimento: sequestro e explosão de aviões e navios, assassinato de atletas em olimpíadas, invenção de homens-bomba, construção de túneis subterrâneos de ataque, incitação cruel na mídia social e tradicional e – por mais incrível que pareça – pagamento de salário mensal aos terroristas condenados – quanto mais grave o delito, mais dinheiro recebem. E há o incentivo das famílias, pois as famílias dos terroristas mortos em ação recebem uma “pensão” mensal.

Será que falta dinheiro aos Palestinos? Tudo indica que não. As biliardárias contribuições da Comunidade Européia bem como dos ricos países donos do petróleo inundam os cofres Palestinos. O problema não é falta de dinheiro e sim o destino dele. Ao invés de hospitais, escolas e infra-estrutura o dinheiro vai para armas, construção de túneis de ataque e financiamento de terror. E esta é a verdadeira Nakba. A desgraça Palestina não é Israel, a desgraça são os líderes corruptos e sua política de terror.

Finalmente informo que estou pronto a comparecer às comemorações da Nakba de 16/05 próximo desde que os fatos aqui expostos tenham espaço para divulgação ao público presente.

Atenciosamente
Marcos L Susskind

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