Nessa conversa procurarei demonstrar que a verdadeira origem do antissemitismo (ou atualmente antissionismo) tem suas raízes no antijudaísmo religioso.

E isso remonta desde a criação do Povo de Israel enquanto grupo “separado” da cultura pagã oriental antiga, retratado nas várias guerras e combates com os povos cananeus e ao redor, e potencializado pelo surgimento do cristianismo quando se tornou a religião oficial de Roma.

Os dogmas cristãos (que posteriormente seriam chamados de católicos, mas que também fazem parte da dogmática reformista-evangélica), baseados nos escritos do “novo” testamento, em detrimento das Escrituras Sagradas (Tanach) chamadas por eles de “velho” ou “antigo” testamento, sempre acusaram os judeus.

E tudo isso pelo fato de que os evangelhos canônicos bem como as epístolas do apóstolo Paulo, na sua ânsia de propagar a “boa nova” do evangelho aos povos pagãos e vendo a resistência dos judeus em aceitar sua nova doutrina, retratou os judeus como maus, mesquinhos, assassinos, não-tementes a D’us, desobedientes à Lei Divina e “filhos do diabo” (palavras essas que teriam sido proferidas pelo próprio Jesus).

Com a grande expansão da “nova religião”, principalmente para o ocidente, essa repulsa aos judeus acabou sendo incorporada na cultura popular, que faz até hoje com que as pessoas vejam os judeus como “assassinos de cristo” “rebeldes” e, por conseguinte, merecedores de punição e sofrimento imputados por “deus” e, claro, executado pelos seus seguidores mais fiéis.

Esse enraizamento foi base para as perseguições, pogroms, inquisição, cruzadas e atualmente pelas intifadas muçulmanas, que atribuem aos judeus “infiéis” uma culpa desde os tempos de Jesus.

O antissemitismo “laico” ou não-religioso buscou outras formas de justificar o extermínio, como no holocausto, ou o combate aos judeus, por meio de acusação serem segregadores dos palestinos; porém suas bases filosóficas sempre foram o antijudaísmo religioso.

E esse antissemitismo “mascarado” tentou desde o extermínio físico do Povo de Israel quanto o extermínio de sua religião, como conversões forçadas (na época inquisitória) ou dos movimentos evangélicos de conversão dos judeus (Jews for Jesus, Judaísmo “messiânico” e a atual incorporação e roupas, festas e liturgias judaicas pelas igrejas neopentecostais.

Precisamos aprender essa origem para podermos combater o antijudaísmo, seja ele religioso ou mascarado de antissemitismo racial, étnico, político ou ideológico.

AM YISRAEL CHAI! O POVO DE ISRAEL VIVE E VIVERÁ PARA SEMPRE!

Cléber Fontoura Marcolan

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